segunda-feira, 14 de maio de 2012

Vamos casar, benzinho?

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Se você puder, vale a pena clicar no video para ir ouvindo a música enquanto lê o post de hoje. Scorpions é a minha segunda banda favorita (tenho uma queda sinistra por bandas alemãs) e essa música está na minha cabeça desde o dia em que o meu "namorido" me pediu em casamento.

"The best is yet to come
I know, you know
That we've only just begun
Through the highs and lows
And how can I live without you
You're such a part of me
And you've always been the one
Keeping me forever young
And the best is yet to come"

Pois é, graças a essa novidade, o blog agora vai ter mais um elemento a ser comentado além dos que usualmente tratamos aqui: casamento. Afinal de contas, nessas horas muita gente se sente perdido (inclusive eu).
É curioso como noivar parece dar mais legitimidade à relação. Não vou entrar em detalhes aqui acerca da minha, mas posso dizer que há algum tempo vivíamos um momento indefinido. Não sabíamos mais como nos apresentar para as pessoas (por isso que quando me referia a ele aqui o chamava de "namorido"), às vezes dizíamos que éramos união estável, companheiro(a), noivo(a) e outros termos afins. Mas faltava uma definição assim mais segura, pois nos sentíamos mais do que apenas namorados.
Quando ele me pediu em casamento, e principalmente quando compramos as nossas alianças, eu me peguei refletindo acerca dos símbolos e das tradições. Eu, que me considerava uma mulher moderna, venho me sentindo cada vez mais apegada às tradições matrimoniais nos últimos tempos.
Uma das pessoas mais entusiastas desse casamento, a minha amiga Rachel, vinha há muito tempo nos incentivando a não pular etapas (pois tínhamos pensado em não ter um noivado longo, e sim ficarmos noivos quando tudo já estivesse arranjado: apartamento mobiliado e cerimônia montada). Confesso que às vezes eu achava exagero dela, ou que isso não se aplicava a nós, porque éramos mais modernos e desapegados às tradições. Mas no final das contas acho que ela tinha razão.

Mas não há uma regra. Se você e o seu amor não querem noivar é opção de vocês. Só posso dizer que hoje dou razão à Rachel.
Porém nosso noivado é à prestação: primeiro ele me pediu em casamento em um restaurante super charmoso no nosso dia (lá no Rio de Janeiro), dias depois tivemos que vir a Fortaleza às pressas devido a um problema de saúde na família e compramos nossas alianças nesse meio tempo. Como não tivemos condições psicológicas e nem tempo, só iremos fazer o almoço (ou jantar) do noivado quando voltarmos de vez do Rio de Janeiro (em junho). E, nessa oportunidade, haverá um post compilando tudo o que eu achar na internet sobre o assunto e a minha opinião a respeito.

Então, queridas amigas, não mudei o meu status no facebook (e provavelmente só o mudarei quando nos casarmos), por isso muitas de vocês ainda não sabem dessa novidade. Meu “namorido” optou me pedir em casamento me dando um par de anéis provisórios, pois queria que juntos fôssemos comprar nossas alianças (eu achei lindo). Como não é novidade para ninguém que eu gosto de comprar, com isso ele acabou me fazendo ainda mais feliz.

Então, após toda essa introdução, o post de hoje é sobre o processo de compra de uma aliança e do seu significado.

Ser surpreendida pelo amado já com a caixinha com as alianças é uma cena de filme maravilhosa, mas na vida real eu acho complicado. Principalmente porque é importante compatibilizar o gosto de cada um, pois aliança é algo para a vida toda. Se o seu amado teve (ou vier a ter) a sorte de saber o seu gosto e o tamanho do seu dedo, parabéns. Mas se não tiver, não deixa de ser romântico procurar com ele o símbolo do compromisso de vocês.

Nessa busca algumas coisas eu acho importante. A primeira delas é estipular o valor máximo que se está disposto a pagar, respeitando a realidade financeira de vocês. Afinal, ainda há imóvel para comprar e mobiliar, casamento civil e religioso para pagar. Então, fiquem atentos à realidade de vocês e selecionem as joalherias que possam melhor lhe atender.
A segunda delas é: Pesquisem! Joalherias que parecem ser mais baratas podem acabar não sendo baratas como você imagina. É comum as pessoas começarem pesquisando por elas e, ao serem surpreendidas por um preço acima do que imaginaram, desistam de ir nas mais caras. Não faça isso. Às vezes joalherias que parecem muito caras podem surpreender você e ainda oferecer melhores serviços. Como perguntar ainda não custa nada, entre e pesquise.

Também vi na internet umas dicas super bacanas para economizar: mandar fazer suas alianças direto com o fornecedor. Explica que a aliança precisa ser 18k (ou 750, que significa que a peça foi feita 75% de ouro). O ouro puro tem 24k, mas ele é muito ruim para fazer joias (parece que é muito mole, eu sou advogada, não sou química, então me perdoem a falta de técnica). Há joias com ouro 16k (principalmente nos Estados Unidos) e com 14k (que fica meio avermelhado), mas eu não acho que valham à pena para aliança.  Se quiserem que seja de ouro e que tenha qualidade optem pela de 18k.
Em média um par de alianças tem entre 7 e 8 gramas de ouro, misturado a outros metais que ajudam na consistência (o ourives vai levar a gramatura em consideração para estipular o preço). Nada impede que você faça uma aliança com uma gramatura menor, ela ficará menos resistente, mas se você for bem cuidadoso ela ficará intacta (como eu sou desastrada, não achei um bom negócio).
Se você tiver jóias que não usa mais (como as de 15 anos ou de quando era criança) e quiser economizar ainda mais, pode usá-las como matéria prima. A aliança minha tia mais nova, por exemplo, foi feita assim. A sogra dela os deu um colar que pertenceu à bisavó (ou à tataravó, não lembro) do meu tio para que eles derretessem e fizessem as alianças deles.

Uma dica que vi na internet e não concordei foi "Fique atenta aos preços das Joalherias famosas. Como publicitária alerto: você estará comprando a “marca” e não a jóia. Comprar sua aliança em uma joalheria menor ou mandar fazer com um Ourives pode valer muito a pena, seja ela cheia de brilhantes ou bem tradicional."

Vou explicar as razões da minha discordância:
Primeiro escolhemos o modelo que queríamos e depois pesquisamos os preços na internet, descartamos a maior parte das tops nacionais, mas deixamos uma no páreo, pois nos pareceu uma boa opção. Se as tivéssemos comprado no Rio de Janeiro provavelmente teríamos comprado nessa porque ela tem no Brasil inteiro e teríamos assistência quando voltássemos para Fortaleza. Fiquei com receio de comprar em uma joalheria carioca e ficar difícil de usar a garantia caso a aliança apresentasse algum tipo de problema.

Como tivemos a oportunidade de vir para Fortaleza inesperadamente, aproveitamos para pesquisar nas joalherias locais. Escolhemos duas grandes joalherias locais e uma pequena de confiança da família. 

Primeiro fomos à Itamaraty, que trabalha com um fornecedor chamado Eternn. A aliança que queríamos nos foi orçada lá 50% mais cara do que na Vivara. Porém, hoje vi que a Eternn tem vendas on-line e está em promoção, lá o par sai em torno de 60% mais barato do que comprando na Itamaraty. Então, se você mora em Fortaleza e se interessou por alguma aliança na Itamaraty, vale a pena entrar no site da Eternn e dar uma pesquisada. Como não comprei nada nesse site, não tenho como dar a minha opinião sobre o serviço de entrega.
Defeitos da Itamaraty:
  1. O mostruário é desorganizado, mas eles têm peças já com o tratamento confort para você ver como fica;
  2. Eles não têm peças em tamanho grande (tipo nº 26), então o meu noivo não pode provar nenhuma aliança para ver como fica na mão dele;
  3. A disparidade de preço entre a loja e o fornecedor faz o cliente se sentir roubado;
  4. O prazo de entrega é razoável (5 dias);
Depois fomos à Casa dos Relojoeiros e tivemos uma boa surpresa em matéria de preço. Eles trabalham com um fornecedor chamado Connexion, pertencente ao Grupo Seven do interior de São Paulo. O par da aliança confort no modelo que queríamos saía mais ou menos 80% mais barato do que na Itamaraty e  70% mais barato do que na Vivara. Detectamos alguns defeitos no modo de vendas deles:
  1. O mostruário é desorganizado;
  2. Eles não têm as peças com a aplicação do tratamento confort para vermos o resultado final;
  3. Eles não têm peças de tamanho grande (o meu noivo não conseguiu provar nenhuma no dedo dele);
  4. São poucos os vendedores bem informados o suficiente para lhes dar as informações que vocês precisam;
  5. A vendedora fica o tempo todo consultando uma tabela sempre que você pergunta o preço de alguma peça, alegando que os preços variam todos os dias devido à cotação do ouro.
Depois fomos à Vivara apenas confirmar o que já tínhamos visto na internet. Eu sou apaixonada por loja que põe o seu catálogo na internet com os preços, pois lhe poupa tempo. Na loja fomos informados acerca das garantias e das políticas diferenciadas acerca das alianças. Mesmo que você não tenha cogitado incluir a Vivara na sua lista de joalherias a serem pesquisadas vale à penas dar um pulinho lá (ainda não pagamos por pesquisar, então aproveite). É bom conhecer suas opções e lá eles têm tamanhos grandes, então o seu noivo vai poder experimentar a aliança no dedo antes de comprar (mesmo que vá comprar em outra loja). Por isso que eu discordo da tal dica que vi na internet, muitas vezes nessas joalherias grandes você não paga só pela marca, paga pelos serviços agregados (pelo conforto e segurança).

Outra opção que nos deram foi da Amélia Jóias, uma joalheria local bem pequena de confiança. Ao chegarmos e falarmos que queríamos ver alianças, a moça nos deu um mostruário nada animador e que não tinha a peça que queríamos. Descrevemos a peça que queríamos e os tamanhos, ela ligou para o ourives que as atende e deu o orçamento: 45% mais barato do que na Itamaraty, 20% mais barato do que na Vivara e quase 60% mais caro do que na Casa dos Relojoeiros. Detectamos alguns defeitos no modo de vendas deles:
  1. O mostruário não é nada atrativo;
  2. Eles não têm as peças com a aplicação do tratamento confort para vermos o resultado final;
  3. Eles não têm peças de tamanho grande (o meu noivo não conseguiu provar nenhuma no dedo dele);
  4. O preço não condiz com o serviço oferecido (gravação, polimento e ajuste não está incluso no preço).
Poderíamos ter buscado outras opções, mas não tínhamos tempo para isso. Se você tiver mais tempo e paciência vale a pena pesquisar bem e delimitar os fatores importantes para instruir sua decisão. Custo-benefício, serviço, comodidade, status... Os elementos que serviram para instruir a minha escolha podem não servir para você. Por isso vale a pena pesquisar e refletir antes de comprar. 
Na hora de escolher o modelo lembre-se de que é algo que vai ficar no seu dedo o dia todo, todos os dias até o fim da sua vida (ou até você trocar por outra quando completar 25 anos de casado). Mas enfim, é algo que vai virar parte de você. 
Antes eu babava por aquelas alianças cheias de pedras e o meu noivo queri uma em ouro branco. Mas, pensando que é algo que não vai sair do nosso dedo, optamos pelo modelo tradicional, em outro amarelo com 3mm de largura. Queríamos algo que não fosse nem muito fino, pois podia amassar com facilidade e nem muito grosso para não chamar muita atenção (e porque não combina conosco). Chegamos à conclusão de que o ideal seria uma com 2,5mm com tratamento confort, mas a joalheria que escolhemos não a tinha e acabamo comprando uma com 3mm. A aliança da minha amiga Rachel, por exemplo, também é tradicional e tem 4,5mm (há muito perturbo as minhas amigas que casaram ou que estão para casar com perguntas para me preparar, pois eu não sabia nadica de nada acerca do assunto).
Descartei a aliança com pedras porque eu me conheço e sei que durante a vida teria que repôr a pedra várias vezes (eu sou MUITO desastrada, vivo me batendo nas paredes e nos móveis), se estrago meus relógios, não sei se seria diferente com a aliança. Outra razão que me fez optar pela tradicional é que eu acho mais bonito o casal com as alianças iguais.
Descartamos a de ouro branco porque a moça da joalheria nos explicou que ela demanda mais manutenção, pois a cor do ouro branco na verdade é champanhe e que com o tempo ele vai perdendo essa pigmentação artificial e assumindo a natural (e, apesar de serem muito bonitas, eu acho mais parecido com anel de compromisso). Resultado, como você vai usar o tempo todo, vai ter que ficar dando manutenção na joia mais do que daria na de ouro amarelo.
Se você quer aquelas desenhadas, ou com mais de uma cor, saiba que a manutenção dela não é fácil (e às vezes não é possível). A dos meus pais é daquelas que têm os risquinhos, hoje em dia a do papai está intacta e a da minha mãe não tem mais desenho algum. Se você optar por essas alianças trabalhadas, é bom lembrar de tirá-la da mão quando for se dedicar aos afazeres domésticos. Como eu sou descuidada, se optasse por esse modelo, eu iria acabar por perder a minha aliança mais cedo ou mais tarde nessa história de tirar da mão para lavar a louça ou limpar a casa.
Por essas e outras razões, nós escolhemos um modelo bem tradicional. Mas se você está disposta a ter uma mais trabalhada, a escolha é sua. Mas tente se informar ao máximo acerca dos cuidados que deverá ter para preservar sua aliança.
A tradição de usar um par de anéis para simbolizar a união de um casal é muito antiga e tem origem em diversas culturas. Há quem atribua aos egípcios o pioneirismo em adotar o uso de alianças de casamento e a colocarem no terceiro dedo da mão esquerda, mas há quem conteste essa teoria.
Para os que a defendem, os egípcios valorizavam tanto as suas alianças que costumavam ser sepultados com ela. Pois, devido a sua forte crença na vida após a morte, era imperioso que os casados fossem sepultados com suas alianças para reencontrarem seus pares no além. A aliança era o símbolo máximo dessa união, neste mundo e no outro. Essa tradição passou pela China, Índia e a Europa.

Na Europa, em especial na cultura cristã, o uso das alianças de casamento teve início por volta da Idade Média. Em diversos países, havia uma ligação recheada de superstições e misticismo com o casamento e os casais. A título de ilustração: em alguns países, se as alianças de casamentos caírem das mãos dos noivos e deslizarem para longe do casal, significaria que esse casamento estava condenado ao fracasso (era considerada a pior coisa que poderia acontecer num casamento), já em certos lugares da Escócia, as pessoas acreditavam que se a mulher perdesse sua aliança, certamente seu marido seria perdido também. 
A simbologia da aliança é muito forte, se você as dispuser lado a lado, elas formam o símbolo do infinito (por esse motivo não se aconselha usar alianças quadradas). A escolha do material (ouro, prata ou platina) se dá por serem duradouros, eternos tal qual a relação de duas pessoas que se amam.
O posicionamento do uso também tem um significado: o uso desse anel no quarto dedo da mão esquerda é atribuído ao  fato de nele passar uma veia que leva direto para o coração.
A aliança tradicional é produzida em ouro amarelo e no modelo "meia cana" (arredondada), porém hoje as alianças têm novas caras e cores devido ao empenho dos designers. Então, se você quer fugir do tradicional e achar algo mais parecido com vocês, há muitas opções nessas joalherias.



Eu, por exemplo, acho dispensável o anel de noivado. Porém tem gente que faz questão de ter, como naqueles filmes americanos, um anel de noivado.

Há outras tradições e curiosidades desta cerimônia que giram em torno da noiva, como a cor do vestido. Hoje as noivas se casam de branco simbolizando a pureza (que diga-se de passagem, pouca noiva hoje em dia é pura), mas essa cor branca do vestido de noiva só foi popularizada no século XVII, no casamento da rainha Vitoria, sem o sentido atual que foi criado pela Igreja Católica. Na Idade Média, as mulheres se casavam com várias cores, mas a principal era o verde, simbolizando a fertilidade do casal. Outra tradição muito usada em casamentos são as damas e os pajens. “As crianças entram na frente da noiva representando também a fertilidade do casal e com as roupas parecidas com as dos noivos, pois, representam os futuros filhos do casal.”

Tem um post muito legal que vale a pena vocês lerem, explicando a história e a simbologia da aliança com mais detalhes, é só clicar aqui.











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